A prefeitura de Balneário Camboriú terá que recomeçar o projeto para a construção do “Anel Viário Norte”. O plano prevê uma rodovia de cinco quilômetros, ligando o bairro Ariribá à BR 101, ando pela morraria e saindo no bairro Várzea do Ranchinho.

A gestão do ex-prefeito Fabrício Oliveira (PL) chegou a licitar o projeto em 2019, com a empresa vencedora do certame fazendo o projeto e iniciando o processo de licenciamento junto ao Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (Ima). No entanto, na quarta a prefeita Juliana Pavan (PSD), o deputado Carlos Humberto (PL) e o secretário de Planejamento de BC, Carlos Humberto Silva, em reunião com a presidente do Ima, Sheila Maria Martins Orben Meirelles, descobriram que o processo foi arquivado em 2024 por falta de envio da documentação necessária. “Fomos surpreendidos com a informação do arquivamento desse processo, o que aconteceu no ano ado, devido a não terem entregue todos os documentos solicitados. Ou seja, a gestão anterior não encaminhou toda a documentação necessária ao Ima para dar andamento a essa obra tão importante, que visa melhorar ainda mais a mobilidade na região norte de Balneário Camboriú”, informou Juliana Pavan.

O projeto, que anteriormente seria custeado integralmente pela prefeitura, busca beneficiar tanto a mobilidade da região norte da cidade quanto os moradores da região sul de Itajaí, especialmente dos bairros Praia Brava, Cabeçudas e Fazenda. “Uma obra dessa magnitude deveria ter recebido total atenção do poder público. Vamos buscar parceria com o governo estadual, pois entendemos que essa intervenção terá grande impacto na mobilidade entre BC e Itajaí, uma área já prejudicada pelo atraso nas melhorias da BR 101”, acrescentou a prefeita.

Juliana também destacou que a rodovia poderá atender cerca de 400 mil pessoas, e cogita um projeto consorciado com Itajaí e o governo do estado. Como o processo anterior não pode ser retomado, a prefeitura busca obter os documentos anexados ao processo arquivado no Ima para reiniciar o pedido de licenciamento ambiental. 

O secretário Carlos Humberto teve duas reuniões com a Azimute Engenharia, vencedora da licitação em 2019. O valor que os cofres públicos de BC pagaram pelo projeto da Azimute Engenharia não foi informado.