Uma das artesãs que mais contribuiu para a divulgação da cultura e do turismo de Penha agora precisa do auxílio da comunidade: Isabel Gonzáles, chilena que mora no litoral, sofreu um acidente doméstico no início do ano, quando quebrou o pulso da mão direita. Ela ou por uma cirurgia que acabou gerando complicações, e como trabalha como autônoma e ainda cuida do pai, de 83 anos, está praticamente o ano todo sem renda. 

Isabel é filha da saudosa artesã Luiza Edelmira Gonzáles Videla. A família veio do Chile a convite de Beto Carrero, quando da instalação do parque, em 1991, há 33 anos. Eles sempre viveram do artesanato, mas o falecimento de Luiza, em 2018, causou uma lacuna irreparável na família, e Isabel e seu pai aram a ter dois braços a menos para o sustento familiar.  

A filha manteve sua atuação junto à Associação Penhense de Artes e Ofícios Artesanais (APAOA), fundada pela família Gonzales e mais um grupo de artesãos locais. O estande de vendas das produções do grupo é o Portal Turístico de Penha, no o da cidade (na saída da Rodovia Paulo Stuart Wright, a Variante, para a avenida Nereu Ramos), na Praia Alegre.

Isabel, ao lado da mãe, era pioneira nesse ofício, com mais de 20 anos de serviços prestados – em boa parte do Brasil, há peças criadas pela família chilena, divulgando Penha. Mas sem poder produzir artesanato para abastecer o portal, Isabel pede apoio. “Quando caí, quebrei meu pulso da mão direita e tive que ar por cirurgia de reconstituição do rádio distal”, informa ela. 

A partir daí, houve uma sucessão de problemas. “De início, consegui três meses de auxílio do INSS; mas para continuar marcaram uma perícia e o perito me fez o favor de novamente quebrar meu pulso, num movimento brusco”, acusa. Os parafusos cirúrgicos foram retirados, mas ela terá de usar munhequeira por mais seis meses. Na época, o ferimento ficou exposto. 

Catando latinhas

Isabel entrou com um processo na Justiça, mas sabe que qualquer decisão judicial virá somente em 2025. “Eu continuo sem trabalhar, e meu pai está catando latinhas para poder ter algum dinheiro, mesmo que seja para comprar pão. Por isso humildemente venho novamente pedir ajuda”, frisa. 

A artesã ainda revelou em sua rede social que “sente muita vergonha” em pedir apoio da comunidade, ao que a amiga Zaira Lamim expressou que pedir por auxílio não é vergonhoso para uma talentosa artesã como Isabel. 

“Vergonha é roubar. Quando estamos ando por dificuldades, devemos sim pedir ajuda, uma mão estendida e isso não é feio; isso é entender que no momento é a única coisa que podemos fazer”, acrescentou. 

Zaira pede que todos os amigos iniciem “uma corrente de amor e fé de compaixão” pela amiga trabalhadora, destacando: “Eu começo. Bora todo mundo ajudar”, completou. A chave-pix é o F de Isabel: 061.123.998-14.