Computadores internos da estrutura de gestão da Educação pública de Penha foram apagados pela gestão anterior, comandada pelo prefeito Aquiles da Costa (MDB). A denúncia foi feita pelo vereador Adriano de Souza, o Tibeco (PSDB). 

Tibeco considera a situação um “crime”, porque compromete o fornecimento de dados importantes para o andamento do ano letivo na rede municipal de ensino. Dados públicos não podem ser suprimidos apenas porque uma gestão é trocada por outra – no caso, com a derrota do MDB na eleição de outubro ado, saiu de cena o MDB de Aquiles e Juraci Alexandrino, e entrou o PL, de Luizinho Américo e Mário Marquett, novos prefeito e vice. 

Adriano ainda reforçou que não entendeu o porque a gestão de Penha não denunciou a supressão dos dados dos computadores já nos primeiros dias de 2025, ao tomar pé da situação. “Situações assim não podem ser aceitas”, considera o vereador, que já foi secretário de Educação. 

Ao DIARINHO, o secretário de Governo, Felipe Bieging, confirmou a denúncia. Segundo ele, a formatação causou atraso organizacional do ano letivo, uma vez que as informações precisaram ser recuperadas com uso da tecnologia. “Parte dos dados da pasta da Educação realmente foi perdida”, disse Bieging.

O secretário reforça que assim que a situação foi descoberta, o setor de Tecnologia da Informação ou a usar softwares específicos para recuperar os dados – essa medida, de acordo com a secretária Cida, obteve êxito parcial, mas parte dos dados está perdida. “As informações foram atualizadas posteriormente pela equipe técnica da Educação junto a cada unidade”, completou Felipe, relacionando o trabalho extra.

O secretário ainda observa que diferente da fala de Tibeco, a atual gestão reagiu ao caso: por questões de segurança, um boletim de ocorrência foi feito na Polícia Civil.

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A ex-secretária Thyrciane Santana frisou que em nenhum momento foi questionada pela atual gestão sobre o assunto e não tinha conhecimento do BO. “Poderiam ter solicitado auxílio para facilitar a transição e garantir o bom andamento do ano letivo”, frisou, alegando que “nada foi apagado” e apenas as senhas pessoais foram alteradas. “Todas as informações seguem disponíveis”, completou.

Thyrciane ainda pontuou que a fala do vereador Tibeco “não corresponde à realidade”, pois as informações estariam no sistema Betha Educação, gerenciado por servidores efetivos, “que jamais apagariam qualquer dado”.