A 1ª Vara do Trabalho de Rio do Sul condenou um supermercado a indenizar em R$ 20 mil uma operadora de caixa por restringir seu o ao banheiro durante o expediente. Testemunhas relataram que a restrição afetava principalmente as funcionárias mulheres.

Mesmo quando apelavam para os gerentes e não apenas para os fiscais de caixa, as trabalhadoras continuavam recebendo respostas negativas. Era comum ouvirem frases como “segurem só mais um pouquinho”.

Uma testemunha relatou ter presenciado uma colega vazar fluxo menstrual na roupa por não conseguir ir ao banheiro para trocar o absorvente. A depoente também afirmou que a situação foi comunicada à ouvidoria da empresa, mas apesar das promessas de solução nada foi feito.

O juiz Oscar Krost, responsável pelo caso na 1ª Vara do Trabalho de Rio do Sul, concluiu que, além de praticar assédio moral contra a autora da ação, a empresa agiu de forma discriminatória contra as trabalhadoras. Ele ainda destacou que, embora a desigualdade financeira entre empregados e empregadores seja evidente, os “recortes de raça e de gênero” tornam essa disparidade ainda mais acentuada. A decisão está em prazo de recurso. O nome da rede de supermercados condenada não foi informado.