VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER 55ok

MPSC denuncia acusado de feminicídio de menina de 14 anos em Itajaí 4kp57

Suspeito é o namorado da vítima, de 23 anos, também indiciado por ocultação de cadáver 473z5c

Maria Gabriella, de 14 anos, foi morta pelo namorado Anderson
(Foto: Divulgação/Redes sociais)
Maria Gabriella, de 14 anos, foi morta pelo namorado Anderson (Foto: Divulgação/Redes sociais)

O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) apresentou uma denúncia contra Anderson Burigo, de 23 anos, acusado de ass a facadas sua namorada, a adolescente Maria Gabriella Nunes, de 14 anos, em Itajaí. O crime foi no dia 12 de fevereiro de 2025, e foi enquadrado como feminicídio, com ocultação de cadáver.

Continua depois da publicidade

O corpo de Maria Gabriella foi encontrado dois dias após o desaparecimento, às margens do rio Itajaí-açu, em Navegantes.

Já tem cadastro? Clique aqui

Quer ler notícias de graça no DIARINHO?
Faça seu cadastro e tenha
10 os mensais

Ou assine o DIARINHO agora
e tenha o ilimitado!

O corpo de Maria Gabriella foi encontrado dois dias após o desaparecimento, às margens do rio Itajaí-açu, em Navegantes. Anderson foi preso no dia 15 de fevereiro e está detido no Complexo Penitenciário do Vale do Itajaí. Em depoimento, ele itiu ter sido agressivo com a garota, mas negou o crime.

Continua depois da publicidade

De acordo com a denúncia apresentada pela 1ª promotoria de Itajaí, o namorado de Maria Gabriella teria assassinado a vítima com múltiplas facadas no pescoço e nas costas, motivado pela recusa da adolescente em continuar o relacionamento, que já durava 11 meses.

Ainda segundo a denúncia do MP, o crime teria sido cometido com extrema violência, impossibilitando qualquer chance de defesa por parte da adolescente. Após o feminicídio, o acusado teria escondido o corpo da vítima às margens do rio Itajaí-açu, onde foi encontrado três dias depois em Navegantes.

Continua depois da publicidade

A promotora de justiça Larissa Moreno Costa destacou a gravidade do caso e a necessidade de punição. “Trata-se de um crime bárbaro, que evidencia o caráter cruel e desumano da violência de gênero. O Ministério Público atuará com firmeza para garantir que o réu responda por seus atos e que a justiça seja feita para a vítima e seus familiares”, afirmou.

Além da condenação, o MPSC solicitou a fixação de indenização mínima de R$ 50 mil aos familiares da vítima, conforme previsto no Código de Processo Penal. O caso será encaminhado ao Tribunal do Júri, onde o réu será julgado pelas qualificadoras do crime. A denúncia inclui um extenso rol de testemunhas, entre elas familiares da vítima e autoridades que tocaram a investigação.

Problema social grave

O caso serviu pra promotoria reforçar a importância da responsabilização do acusado e da conscientização sobre a violência contra a mulher, que permanece como um grave problema social. Nos últimos 10 anos, mais de 500 mulheres foram mortas em Santa Catarina, vítimas de feminicídio, na maior parte dos casos pelos companheiros ou ex-companheiros.

Entre 2019 e 2024, o estado registrou queda de 12% nos casos de feminicídio, segundo dados da Secretaria de Segurança Pública. Ainda assim, os números são preocupantes. Foram 335 casos no período, com uma média de 56 mortes por ano, o equivalente a um feminicídio por semana. Neste ano, até fevereiro, foram oito casos.

De acordo com a desembargadora Hildemar Meneguzzi de Carvalho, responsável pela Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar (Cevid), do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC), não basta apenas punir os crimes, mas atuar pra que eles não aconteçam.

“Conscientizar os mais novos sobre a importância de viver em ambientes onde prevaleça sempre o respeito, o diálogo e a convivência harmoniosa é um caminho eficaz para prevenir conflitos e viver melhor em sociedade”, comentou. O Cevid atua em diversas frentes pra tornar Santa Catarina um estado seguro para as mulheres.

Continua depois da publicidade

 

Itajaí é a pior cidade de SC para ser mulher

No Brasil, não há qualquer cidade considerada totalmente segura pra uma mulher  (foto: João Batista)
No Brasil, não há qualquer cidade considerada totalmente segura pra uma mulher (foto: João Batista)

 

Os indicadores não são animadores. Estudo inédito produzido pela consultoria Tewá 225 revela um cenário alarmante no país, sem nenhuma cidade brasileira com um índice satisfatório de igualdade de gênero e um ambiente seguro para as mulheres viverem.

O ranking é o primeiro nacional sobre igualdade de gênero nas grandes e médias cidades brasileiras, acima de 100 mil habitantes. Em Santa Catarina, Itajaí foi avaliada como a pior cidade do estado pra ser mulher, aparecendo na 56ª posição nacional. Em seguida, aparecem Lages (168ª), Chapecó (195ª), Criciúma (199ª) e Jaraguá do Sul (203ª).

Continua depois da publicidade

O estudo avaliou 14 cidades catarinenses, entre 319 analisadas no Brasil. Balneário Camboriú, na 315ª posição nacional, e Brusque (310ª), foram as melhores ranqueadas no estado, mas ainda assim com desempenho “nível baixo”. As melhores cidades do país – Brasília (DF), São Caetano do Sul (SP) e Araras (SP) – tiveram apenas desempenho “médio”.

No geral, 84% das cidades ficaram com classificação “muito baixa”, revelando a necessidade de avanços pra garantir a qualidade de vida das mulheres nas grandes cidades brasileiras. A pontuação foi baseada numa série de indicadores, como taxa de feminicídio, desigualdade salarial por sexo, taxa de mulheres na câmara de vereadores e total de jovens mulheres que não estudam e nem trabalham.

 

Desafios para garantia de direitos

Para a vereadora Hilda Deola (PDT), procuradora-adjunta da Procuradoria Especial da Mulher da Câmara de Vereadores de Itajaí, o ranking reforça uma realidade que as mulheres sentem na pele.

Continua depois da publicidade

“Ser mulher em Itajaí ainda é um desafio. Ocupamos menos espaços de poder, enfrentamos desigualdade no mercado de trabalho e lidamos com altos índices de violência. Dos 17 vereadores da cidade, apenas três são mulheres – uma representação que não reflete a força e a participação feminina na sociedade”, comentou.

Ela ressaltou que os dados do estudo não podem ser ignorados. “Itajaí precisa avançar em políticas públicas concretas para garantir mais segurança, autonomia e direitos para as mulheres”, defende. Segundo a parlamentar, esses avanços am por fortalecer a rede de proteção contra a violência e pela própria ampliação do sistema de educação com vagas para mães-solo.

"Precisamos criar programas de empregabilidade com recorte de gênero e garantir mais representatividade nos espaços de decisão. Nós, mulheres, seguimos resistindo e lutando. A mudança acontece com políticas efetivas e compromisso real com a equidade de gênero. E essa luta é diária”, completou.

 

Piores cidades para ser mulher

Itajaí: 56ª 

Lages: 168ª

Chapecó: 195ª

Criciúma: 199ª

Jaraguá do Sul: 203ª

Florianópolis: 225ª

ville: 232ª

Palhoça: 247ª

Camboriú: 252ª

São José: 292ª

Tubarão: 294ª

Blumenau: 308ª

Brusque: 310ª

Balneário Camboriú: 315ª




Conteúdo Patrocinado 375530



Comentários:

Somente usuários cadastrados podem postar comentários.

Clique aqui para fazer o seu cadastro.

Se você já é cadastrado, faça para comentar.

WhatsAPP DIARINHO

Envie seu recado

Através deste formuário, você pode entrar em contato com a redação do DIARINHO.

×






141.11.20.27

TV DIARINHO a23t


🚨🐾 RESGATE EM BC! Dois cães foram salvos de maus-tratos na avenida Atlântica, em Balneário Camboriú, ...





Especiais 4s1sl

Como indígenas quebram estereótipos e preconceitos no mercado

Aldear direitos e trabalho 16w5t

Como indígenas quebram estereótipos e preconceitos no mercado 2h5j2h

Por que o ódio às mulheres viraliza entre os jovens?

Adolescência 5u734a

Por que o ódio às mulheres viraliza entre os jovens? 205j5w

Filha vira advogada para ajudar a inocentar a mãe 12 anos após acusação de homicídio

JUSTIÇA 61p7

Filha vira advogada para ajudar a inocentar a mãe 12 anos após acusação de homicídio 2v5x1m

Maternidade atípica: os desafios do cuidado e da aceitação

DESAFIADOR 5y5l3j

Maternidade atípica: os desafios do cuidado e da aceitação 63723i

Escravizador na pele de abolicionista: abolição teve apoio de políticos que escravizaram

POLÍTICA 5e731g

Escravizador na pele de abolicionista: abolição teve apoio de políticos que escravizaram 6j3n1j



Blogs 41f4

Arte para Todos

Blog da Jackie u6o5f

Arte para Todos 4f4e2z

Saúde na pauta prioritária de Juju Pavan

Blog do JC 4c2v3y

Saúde na pauta prioritária de Juju Pavan 4q3x50

Cuidado com a automedicação!

Espaço Saúde 2p5b2c

Cuidado com a automedicação! 2r405a

Você prepara seu chá corretamente?

Blog da Ale Francoise 4q234k

Você prepara seu chá corretamente? 4gt6



Diz aí 732p3m

"O comunista é tudo aquilo que eu não gosto"

Diz aí, Vitor Vogel! 292856

"O comunista é tudo aquilo que eu não gosto" 4s3g44

Criador do canal Vogalizando a história participa do Diz aí!

AO VIVO 716rr

Criador do canal Vogalizando a história participa do Diz aí! 2oj8

“Eu acho que isso pode acontecer. Pode acontecer do PSD estar com o PL”

DIZ AÍ, FABRÍCIO OLIVEIRA 4m574y

“Eu acho que isso pode acontecer. Pode acontecer do PSD estar com o PL” 65s32

“Não sou favorável a golpe, e também não acredito que houve tentativa do golpe”, diz Fabrício Oliveira

DIZ Aí! 3v1553

“Não sou favorável a golpe, e também não acredito que houve tentativa do golpe”, diz Fabrício Oliveira 3c6z67

Ex-prefeito de BC participa do programa “Diz aí!”

BALNEÁRIO 6r3u6v

Ex-prefeito de BC participa do programa “Diz aí!” 2j394t



Hoje nas bancas 481t4s

Capa de hoje
Folheie o jornal aqui ❯






Jornal Diarinho ©2025 - Todos os direitos reservados.