Os pequenos negócios continuam impulsionando a geração de empregos em Santa Catarina. No primeiro trimestre de 2025, o segmento das micro e pequenas empresas (MPEs) respondeu por 52,2% das 63.591 contratações no estado, chegando à marca de 33.187. Só no mês de março, foram pouco mais de cinco mil contratações pelos pequenos negócios entre os 9841 empregos gerados.

Os dados foram divulgados pelo Sebrae, com base no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho. Pelo levantamento, os setores com melhor desempenho nas micro e pequenas empresas foram de serviços, com 1571 vagas ocupadas, da indústria da transformação, com 1447 vagas, e da construção, com 1115 vagas.

O presidente do Sebrae nacional, Décio Lima, explica que o total de empregos criados nos pequenos negócios reforça a importância do segmento para a economia brasileira. “Não são somente números que sustentam o mercado. São homens e mulheres que acordam de manhã e nunca desistiram. Produzem com a sua criatividade o seu próprio negócio, garantindo a inclusão de mais brasileiros e incentivando e apoiando o crescimento da economia”, disse.

Pelo levantamento do Sebrae, em Itajaí as contratações nos pequenos negócios chegaram a 71,3% do total no município, com 486 dos 682 registros. No acumulado do ano, as MPEs contabilizaram 1879 novas vagas, ou seja, 46% do total de 4081 em toda a cidade. Na divisão por setores, foram 300 empregos criados em serviços, 94 em comércio e 70 em construção.

SC em destaque nacional em emprego

Conforme dados divulgados pelo governo de Santa Catarina, o estado liderou o saldo de empregos na região sul em março, com total de 9841 novas vagas. O resultado foi o terceiro melhor do país, atrás apenas de São Paulo e Minas Gerais. Nas vagas acumuladas desde janeiro, o estado registrou 63,5 mil novos empregos, o terceiro maior patamar na série histórica desde 2004.

Os setores de serviços e da indústria foram os que mais geraram vagas no trimestre. O secretário de Estado do Planejamento, Edgard Usuy, destacou a indústria de transformação catarinense, que respondeu por 26% dos novos empregos criados neste segmento no país. O setor abrange empresas de alimentos, vestuário e de máquinas e equipamentos.

O saldo estadual foi de 3328 novos postos nas indústrias de transformação, diante de 12.025 novas vagas no Brasil. “As evidências demonstram que estamos fazendo nosso trabalho enquanto governo do estado e que as políticas públicas que impactam o mercado de trabalho estão bem endereçadas”, avaliou o secretário.

No setor de serviços, foram 5165 novas vagas, com destaque para atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e istrativas. O estado comemorou ainda mais o resultado considerando que, em março, teve o feriadão de carnaval, o que reduz a média de criação de vagas, em comparação ao mesmo mês de 2024.

MEIs alavancam abertura de empresas

Os pequenos negócios também alavancaram a abertura de empresas no primeiro trimestre, quando Santa Catarina bateu o recorde histórico de novos CNPJs. Segundo dados do governo estadual, houve alta de 31% na abertura de empresas, na comparação com o mesmo período de 2024, com 42.453 novos negócios.

Do total, a maior parte, 36,2 mil, é formada por Microempreendedores Individuais (MEIs). De acordo com o secretário estadual de Indústria, Comércio e Serviço, Silvio Dreveck, o resultado é fruto da economia aquecida, o que aumenta a demanda principalmente no setor de serviços. As atividades de transporte de carga, entrega, estética, saúde, comércio e de escritórios istrativos foram destaques.

“Isso estimula a criação de novos negócios. Ao mesmo tempo, as micro e pequenas empresas têm registrado crescimento das vendas, o que é positivo. Com isso, a geração de empregos avança, garantindo mais oportunidades para os catarinenses”, afirma.

No Brasil, os microempreendedores individuais responderam por 78% das novas empresas abertas nos primeiros três meses do ano. Conforme dados do Sebrae, até março, o total de MEIs registradas no país cresceu 35% em relação ao mesmo trimestre de 2024, enquanto as micro e pequenas tiveram alta de 28%.

Para o presidente do Sebrae, Décio Lima, o resultado reflete na geração de empregos, maior arrecadação e mais inclusão no mercado de trabalho. “Os números mostram que os empreendedores se sentem mais confiantes com os rumos da nossa economia. Eles estão mais motivados a entrar no mundo do empreendedorismo com investimentos e fazendo a economia girar”, comentou.