A empresa que descartou 700 quilos de pescados podres no Rio Piçarras foi identificada, notificada e obrigada a limpar a área de margem, sob pena de multa de R$ 5 mil a R$ 1,5 milhão. A informação foi divulgada pelo Instituto do Meio Ambiente de Balneário Piçarras (IMP), que reou mais detalhes sobre o crime nesta quarta-feira.

O crime ambiental aconteceu semana ada, cerca de 30 dias depois de outra agressão ao mesmo rio, também notificada pelo IMP. O presidente do instituto, Elton Teixeira, avaliou o caso mais recente e entende que houve “impacto na saúde pública”. Segundo Teixeira, a investigação preliminar chegou aos responsáveis, seguida de denúncia oficial ao instituto, confirmando o lançamento dos resíduos ‘in natura’ nas margens e no leito do rio.

As imagens do descarte levaram muitos a crer que se tratava de uma mortandade de peixes no local, conforme frisou a veranista Luiza Cristelli. “Eu estava eando na cidade e me deparei com os pescados ali, jogados; pensei que tinha havido alguma contaminação no rio”, contou.

Elton comenta que os fiscais foram a campo para verificar a veracidade da informação, até chegar à empresa responsável, identificada a partir de imagens de câmera de monitoramento de uma casa nas imediações, sendo os responsáveis notificados.

Os autores do delito não apenas limparam a margem do rio, mas tiveram de apresentar a documentação da destinação legal desse material. “Só então a denúncia foi arquivada, mas infelizmente ainda hoje a gente se depara com situações assim”, lamenta Elton.

No final de março, outra denúncia mobilizou o IMP, quando empresas de Penha e Navegantes lançaram efluentes no rio Piçarras. O instituto chegou aos responsáveis e encaminhou as provas do delito para o Instituto do Meio Ambiente de Penha (IMP) e para o Instituto Ambiental de Navegantes (IAN), com base em relatório detalhando o fato.