Santa Catarina teve, em 2023, o menor percentual de nascimentos de mães com menos de 15 anos em todo o país. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foram registrados 215 partos nessa faixa etária, 13 a menos que no ano anterior. O estado também obteve o segundo menor índice de nascimentos entre adolescentes de até 19 anos, com 7818 casos, mantendo uma tendência de queda que já dura três anos consecutivos.

Enquanto os casos de maternidade precoce diminuem, o perfil das mães catarinenses se concentra cada vez mais na faixa dos 25 aos 29 anos. No ano ado, 25.821 bebês nasceram de mulheres com essa idade, consolidando o grupo como o mais comum entre as mães no estado.

Apesar disso, a proporção total de nascidos vivos com mães de até 29 anos teve leve recuo: de 57,6% em 2022 para 57,1% em 2023.

Na outra ponta da faixa etária, aumentou o número de bebês nascidos de mães com 45 anos ou mais. Foram 27 partos a mais do que em 2022 nessa faixa, o que representa um crescimento fora da curva e reforça a tendência de mulheres adiando a maternidade.

Especialistas apontam que as mudanças no comportamento familiar e reprodutivo refletem a escolha de muitas mulheres por ter filhos mais tarde, motivadas por fatores profissionais, financeiros e de saúde.

Os dados fazem parte da análise de nascidos vivos em Santa Catarina no ano de 2023, com base em registros feitos até o primeiro trimestre de 2024.